quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

TERAPIA DO ELOGIO

"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdicio da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoista que nada arrisca, e que esquivando-se do sofrimento perdemos também a felicidade"(Carlos Drumond de Andrade)

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Renomados terapeutas que trabalham com famílias, divulgaram uma recente pesquisa onde se nota que os membros das famílias brasileiras estão cada vez mais frios, não existe mais carinho, não se valoriza mais as qualidades, só se ouve críticas. As pessoas estão cada vez mais intolerantes e se desgastam valorizando os defeitos dos outros. Por isso, os relacionamentos de hoje não duram.

A ausência de elogio está cada vez mais presente nas famílias de média e alta renda. Não vemos mais homens elogiando suas mulheres ou vice-versa, não vemos chefes elogiando o trabalho de seus subordinados, não vemos mais pais e filhos se elogiando, amigos que fazem elogios.

Só vemos pessoas fúteis valorizando artistas, cantores, pessoas que usam a imagem para ganhar dinheiro e que, por consequência, são pessoas que têm a obrigação de cuidar do corpo, do rosto e sempre se apresentar bem.

clip_image001[4]Essa ausência de elogio tem afetado muito as famílias. A falta de diálogo nos lares, o excesso de orgulho, impedem que as pessoas digam o que sentem, levando assim essa carência para dentro dos consultórios médicos. Acabam com seu casamento porque procuram em outras pessoas o que não conseguem em casa.

Vamos valorizar nossas famílias, amigos, alunos, mestres, subordinados. Vamos elogiar o bom profissional, a boa atitude, a ética, a beleza de nossos parceiros ou nossas parceiras, a sinceridade, a lealdade, a confiança, o comportamento de nossos filhos.

Vamos observar o que as pessoas gostam. O bom profissional gosta de ser reconhecido, o bom filho gosta de ser reconhecido, o bom pai ou a boa mãe gostam de ser reconhecidos, o bom amigo, a boa dona de casa, a mulher que se cuida, o homem que se cuida, enfim, nós todos vivemos numa sociedade em que um precisa do outro, em que é impossível viver sozinho, e os elogios são a motivação da nossa vida.

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Quantas pessoas você poderá fazer feliz hoje, elogiando-as de alguma forma?

Declarando-lhes amor, agradecendo a companhia, elogiando seu trabalho, sua maneira de ser!

Autor: Arthur Nogueira (Psicólogo)

DIGA AGORA A SEUS AMIGOS:

Bebe SORRISO

FOI MUITO BOM CONHECER VOCÊ!

Com muito amor:

Vivi

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quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Transformação

pedra Carlos Drumond de Andrade e a atual política de educação. Na poesia, ele já denunciara que "no meio do caminho tem uma pedra"... Diz-se que um certo rei mandou colocar uma enorme pedra no centro de uma estrada bastante movimentada e ficou à distância, observando as reações daqueles que por ali passavam. Ele desejava ver quem tomaria a iniciativa de retirar a pedra, que atrapalhava o livre trânsito. Os homens de todas as camadas sociais passaram e todos igualmente se desviavam da pedra, subindo no acostamento. O rei notou que a maioria daqueles que caminhavam, apressados, queixava-se do rei por não se interessar pela conservação da via.

Finalmente, um pobre lavrador aproximou-se maos_moedasda pedra e, com grande esforço, retirou a pedra do caminho. Acontece que, ao transportar a pedra para fora da estrada, sentiu que pisara em alguma coisa que certamente estaria embaixo dela. Depois de afastá-la do caminho, voltou e viu que no lugar ocupado por ela estava uma carteira. Abrindo-a, encontrou, além de uma respeitável soma de dinheiro, também uma notificação do próprio rei, esclarecendo que aquela importância se destinava a quem demonstrasse respeito, consideração mútua e urbanidade ao retirar da estrada a pedra que mandara colocar de propósito.

Moral da história: O educador sabe o que fazer das pedras. A educação precisa mudar o ritmo e o tom do discurso para garimpar tantas pedras que encontra pelo caminho. E sobre pedras edificar escolas. Afinal de contas:"Tu és Pedro e sobre esta pedra"...

Edificar

Respeito, consideração mútua e urbanidade, é isso que podemos fazer para começar a transformar nossa sala de aula…

Abraços

Vivi

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Personalidade e Maturidade

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O que podemos entender sobre personalidade?

Temperamento, personalidade e caráter, são palavras utilizadas com freqüência há muito tempo, mas quase sempre de forma confusa ou mesmo errônea.

Mas, então, qual a diferença entre temperamento e personalidade?

Temperamento representa a peculiaridade e intensidade individual dos afetos psíquicos e da estrutura dominante de humor e motivação. Foi um dos primeiros estudos na medicina sobre a correlação entre os humores corporais com as reações humanas, divididos entre fleumático, colérico, sanguíneo e melancólico.

Personalidade é formada durante as etapas do desenvolvimento psico-afetivo pelas quais passa a criança desde a gestação. Para a sua formação incluem tanto os elementos geneticamente herdados (temperamento) como também os adquiridos do meio ambiente no qual a criança está inserida.

A personalidade é única, adaptável, mutável, dinâmica e ligada numa estrutura biopsicossocial. Mesmo que tenhamos traços parecidos com os de outra pessoa, somos únicos, até porque vivemos de forma diferenciada cada fase de nossa vida, somos apresentados a estímulos (escola, lazer, religião, etc) de uma forma particular, e isto, em sua totalidade, nos dá esta vivência.

Alguns aspectos diferenciam o que se percebe que está relacionado ao temperamento e à personalidade.

Temperamentoolhos chorou

É biologicamente determinado

Características temperamentais podem ser identificadas já cedo, na infância

Diferenças individuais com características temperamentais como ansiedade, extroversão - introversão, também são observados em animais

Se apresenta como “estilos de pessoa”; estilo do melancólico, colérico, etc.

amigosPersonalidade

É fruto de um ambiente social.

É moldada durante os períodos do desenvolvimento infantil.

É a prerrogativa de seres humanos

Contém aspectos do comportamento.

Refere-se à função de integrativa do comportamento humano.

O caráter é a forma com que a pessoa se mostra ao mundo, com seu temperamento e sua personalidade; é a expressão do temperamento e da personalidade por meio das atitudes de uma pessoa. Quando conhecemos o caráter do outro, notaremos claramente a manifestação da personalidade e o temperamento da pessoa; conheceremos então, aquilo que essencialmente determina os atos de uma pessoa.

A maturidade se faz na personalidade quando o indivíduo é capaz de:

amadurecer

- Compreender sua história familiar, aceitando-a e convivendo com ela.

- Compreender suas emoções: saber distinguir entre certo e errado, sobre o que devo ou não fazer…

- Administrar suas responsabilidades e ter senso crítico sobre aquilo que assume, seja no trabalho, nos relacionamentos, no ambiente social do qual participa.

- Aceitar-se tal como você é: com seus talentos, com suas limitações, com sucessos ou insucessos, com as habilidades ou limitações físicas…

- Autoconhecimento: chave para que todos nossos conteúdos se integrem e que nossa vivência social torne-se a mais adequada em cada momento de nossa vida.

Para tudo isto, não há uma fórmula mágica, mas as experiências sociais, religiosas, vivência de modo geral, auxiliarão de modo particular este processo. E a maturidade, nossa percepção, crescerá gradualmente.

Um abraço - Vivi

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

VÍTIMA E AGRESSOR

Vítimas do bullying são de personalidade mais frágil e de baixa auto-estima.

Agressores precisam provar superioridade por meio do grito e da força.

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No artigo anterior, falamos sobre a agressividade, que é natural do ser humano.

Sem ser privilégio dos adultos ou adolescentes, também observamos em crianças ações violentas. Elas que geralmente são tidas como criaturas inocentes e sem maldades. Apesar de inacreditável, é um fenômeno bastante comum e mundial os casos em que um estudante com alguma característica física ou psíquica mais frágil, ou menos comum como a gagueira, sofre de maneira constante e intencional agressões de ordem física e psíquica praticadas por outros colegas. É algo que está nas escolas, mas pouco se vê. Ou se é visto, poucos o enxergam por acharem ser normal atos agressivos entre crianças e adolescentes.

clip_image002Ele é conhecido como bullying, termo que não tem tradução para a nossa língua. Penso não haver nada de normal em duas crianças ou adolescentes brigarem, se estapearem violentamente ou se humilharem. Se partirmos por esse caminho, não ajudaremos em nada para que amadureçam socialmente e sejam saudáveis psiquicamente. Temos que ver aquilo que está diante de nossos olhos e tomarmos providências. Não dá para fazer de conta que está tudo bem no fato de uma criança humilhar constantemente, sem piedade, a outra que aceita sua conduta de maneira passiva. Algo há de errado.

As vítimas do bullying são, no geral, de personalidade mais frágil e de baixa auto-estima. Elas costumam não se defender. Já são assim mesmo, antes de sofrerem as agressões. Provavelmente, já trilharam um caminho em que foram muito desmerecidas, às vezes dentro de casa mesmo, nas pequenas sutilezas da convivência em família, que nem sempre percebe o lugar em que coloca seus membros. Não sentem confiança em pedir ajuda. São um prato cheio para aqueles que querem se sobressair e se impor como o mais forte.

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Precisam provar sua superioridade por meio do grito e da força. Não podem ter oponentes. Também não é por acaso que sejam assim. Comumente, são pessoas de lares não muito estruturados e bastante permissivos. A relação que estabelecem com o outro é a de poder, entre o mais forte e o mais fraco.

Ambos necessitam de ajuda. Mas para que isso ocorra, o olhar para eventos assim deve ser de que algo está fora do lugar. Não se deve esperar que os próprios envolvidos resolvam suas diferenças. Eles precisam compreender pelo que estão passando e serem orientados pelos pais e escola. Às vezes, até os pais precisarão de orientação e ajuda. Inclusive, num trabalho preventivo. Preventivo para a não ocorrência na escola e de promoção da saúde mental de seus alunos.
Até porque, esse não é um problema pontual, tem reflexos e conseqüências pela vida dos envolvidos. Aqueles que sofrem as agressões, tendem a se tornar mais retraídos e prejudicados em sua vida social. E até deprimidos. Os praticantes, tendem a ter problemas sociais e de violência.clip_image001[4]

Escola e família mais uma vez terão que caminhar juntas, serem parceiras. As escolas vão ter que estar atentas para qualquer manifestação de bullying para uma atuação imediata. Além de terem um trabalho preventivo para evitar o surgimento de casos assim, oferecendo apoio aos envolvidos e suas famílias. E as famílias devem confiar e pedir ajuda à escola, como forma de proteger seus filhos.

Abraços

Vivi

Technorati Marcas: Violência. agressor,baixa auto-estima...

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

AGRESSIVIDADE É BOM!

ondasteahupoo2-450x300A agressividade para algumas pessoas é algo q não deveria existir: você não pode ser agressivo, não seja agressivo. Mas a agressividade é natural do ser humano, e é importante que exista. O problema não é a agressividade em si, é a forma de como você coloca pra fora essa agressividade. Aceitar um novo desafio, um novo emprego, aceitar conquistar alguma coisa você precisa de um pouco de agressividade.

aluno rebeldeSe você for um pouco passivo, você não aceita novos desafios, fica parado, estático, fica estagnado na sua própria vida, então você precisa de um pouco mais de ousadia, e a ousadia vem do que? De um pouco de agressividade. Então a agressividade, ela é importante.

Agora o problema é quando a gente usa a agressividade de uma forma violenta, usa humilhaa agressividade de uma forma a atacar uma pessoa, humilhar, diminuir alguém. Então aí nós temos um problema grave. E a violência é uma característica humana que não é aprendida ela é natural, faz parte do ser humano, e aí nós vamos evoluindo, crescendo e prendendo a colocar a nossa agressividade não mais a usar de uma forma violenta, mas a gente aprende a usar a criatividade pela palavra, a gente saber dizer não, quando precisa dizer não, a gente impor a nossa opinião porque se não a gente é passado pra trás, E isso é colocar a nossa agressividade de forma construtiva e não destrutiva como seria a violência. Então a violência não é algo que está sendo aprendido pelos vídeo games, filmes violentos, não é aprendizado.

Escritores_da_liberdade_02A violência faz parte de nós todos, só que algumas pessoas ou a maioria delas evolui, cresce, e deixa de usar a violência e passa a usar a palavra, que a palavra nos constitui como pessoas .

Abraços

Vivi

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

PROFESSORES: SEMEADORES DA ESPERANÇA!

 

Desde 1827, quando D.Pedro I decretou, no dia 15 de outubro daquele ano, que toda cidade, vila ou lugarejo deveria ter uma escola de ensino elementar, Escolas de Primeiras Letras, determinou-se a essência e razão desta comemoração : o Dia do Professor. Um dia em que as escolas devem parar para comemorar e exaltar, com dignidade e alegria, a função do mestre, o semeador da esperança. Semeadores, assim defino os professores.

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Semeadores que se dedicam a fomentar a vida, a esperança. Semeiam porque acreditam no  futuro pródigo das sementes que regam , todos os dias, incansavelmente. Sementes que brotam, dando frutos e flores, porque a terra é cuidadosamente preparada. Com afeto, dedicação e sabedoria. O futuro plantado em cada aprendiz, a boa semeadura, revela a boniteza do ofício de professor. A boniteza de ser professor, como professava o mestre maior, Paulo Freire:

“Sou professor a favor da esperança que me anima apesar de tudo. Sou professor contra o desengano que me consome e imobiliza. Sou professor a favor da boniteza de minha própria prática, boniteza que dela some se não cuido do saber que devo ensinar, se não brigo por esse saber, se não luto pelas condições materiais necessárias sem as quais meu corpo, descuidado, corre o risco de se amofinar e de já não ser o testemunho que deve ser de lutador pertinaz, que cansa, mas não desiste. Boniteza que se esvai de minha prática se, cheio de mim mesmo, arrogante e

desdenhoso dos alunos, não canso de me admirar.” 

Ser professor é uma grande obra, proclamava Cecília Meireles:

“É, certamente, uma grande  obra chegar a consolidar-se numa educadorpersonalidade assim. Ser ao mesmo tempo um resultado — como todos somos — da época, do meio, da família, com características próprias, enérgicas, pessoais, e poder ser o que é cada aluno, descer à sua alma, feita de mil complexidades, também, para se poder pôr em contato com ela, e estimular-lhe o poder vital e a capacidade de evolução.

E ter o coração para se emocionar diante de cada temperamento.
E ter imaginação para sugerir.
E ter conhecimentos para enriquecer os caminhos transitados.”

Que difícil missão a de um professor! E que prazeroso ofício! Como prêmio por sua luta , a certeza de se eternizar em cada um de seus alunos:

“E, depois de ter vivido diante dos seus olhos, dirigindo uma classe, pudesse morar para sempre na sua vida, orientando-a e fortalecendo-a com a inesgotável fecundidade da sua recordação.” (Cecília Meireles)lapis

Parabéns a todos vocês, Semeadores da Esperança!

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quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Luva de Pelica

“Um tapa com luva de pelica direto no coração”

grito

Certa vez, alguns alunos conversavam no fundo da sala. A professora de português pediu silêncio, mas eles continuaram. Ela foi mais enfática, chamou a atenção de um aluno que falava alto. Ele foi agressivo com ela. Gritou: “Você não manda em mim! Eu pago para você trabalhar!” O clima ficou tenso.

Todos esperavam que a professora gritasse com o aluno, ou o expulsasse da classe.l Em vez disso, ela ficou em silêncio, relaxou, diminuiu sua tensão e libertou sua imaginação. Em seguida, contou-lhes uma história que aparentemente não tinha nada a ver com o clima de agressividade.

Contou a história das crianças e adolescentes judeus que foram presos nos campos de concentração nazista e perderam todos os seus direitos. campo Não podiam ir as escolas, brincar nas ruas, visitar os amigos, dormir numa cama quentinha e se alimentar com dignidade. O alimento era estragado, e eles dormiam como se fossem objetos amontoados num depósito. O que era pior, não podiam abraçar seus pais. O mundo desabou sobre eles. Eles choravam e ninguém os consolava. Tinham fome e ninguém os saciava. Gritavam pelos pais, mas ninguém os ouvia. Na frente deles apenas havia cães, guardas e cercas de arame farpado. A professora contou o que foi um dos maiores crimes já cometidos na nossa história. Roubaram os direitos humanos e a vida desse adolescentes . Mais de um milhão desses adolescentes morreram.

Depois de contar esta história, a professora não precisou falar muito. Olhou para a classe e disse: “ Vocês tem escola, amigos, professores que os amam, o carinho de seus pais, um alimento gostoso em sua mesa, mas será que vocês ao valorizam?”

Ela resolveu conflitos em sala de aula levando-os a se colocar no lugar dos outros e a pensar na grandeza dos seres humanos.

Ela não precisou chamar a atenção do aluno com ofensa, queria levá-lo a ser um pensador. Ele ficou em completo silêncio. Voltou para casa e nunca mais foi o mesmo, pois compreendeu que tinha muitas coisas belas que não valorizava.

Aprendam a dar tapas com luva de pelica no coração emocional de quem vocês amam. Precisamos acordar nossas crianças e adolescentes para a vida.  6read

O afeto e a inteligência curam as feridas da alma, reescrevem as páginas fechadas do inconsciente.