quinta-feira, 5 de novembro de 2009

VÍTIMA E AGRESSOR

Vítimas do bullying são de personalidade mais frágil e de baixa auto-estima.

Agressores precisam provar superioridade por meio do grito e da força.

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No artigo anterior, falamos sobre a agressividade, que é natural do ser humano.

Sem ser privilégio dos adultos ou adolescentes, também observamos em crianças ações violentas. Elas que geralmente são tidas como criaturas inocentes e sem maldades. Apesar de inacreditável, é um fenômeno bastante comum e mundial os casos em que um estudante com alguma característica física ou psíquica mais frágil, ou menos comum como a gagueira, sofre de maneira constante e intencional agressões de ordem física e psíquica praticadas por outros colegas. É algo que está nas escolas, mas pouco se vê. Ou se é visto, poucos o enxergam por acharem ser normal atos agressivos entre crianças e adolescentes.

clip_image002Ele é conhecido como bullying, termo que não tem tradução para a nossa língua. Penso não haver nada de normal em duas crianças ou adolescentes brigarem, se estapearem violentamente ou se humilharem. Se partirmos por esse caminho, não ajudaremos em nada para que amadureçam socialmente e sejam saudáveis psiquicamente. Temos que ver aquilo que está diante de nossos olhos e tomarmos providências. Não dá para fazer de conta que está tudo bem no fato de uma criança humilhar constantemente, sem piedade, a outra que aceita sua conduta de maneira passiva. Algo há de errado.

As vítimas do bullying são, no geral, de personalidade mais frágil e de baixa auto-estima. Elas costumam não se defender. Já são assim mesmo, antes de sofrerem as agressões. Provavelmente, já trilharam um caminho em que foram muito desmerecidas, às vezes dentro de casa mesmo, nas pequenas sutilezas da convivência em família, que nem sempre percebe o lugar em que coloca seus membros. Não sentem confiança em pedir ajuda. São um prato cheio para aqueles que querem se sobressair e se impor como o mais forte.

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Precisam provar sua superioridade por meio do grito e da força. Não podem ter oponentes. Também não é por acaso que sejam assim. Comumente, são pessoas de lares não muito estruturados e bastante permissivos. A relação que estabelecem com o outro é a de poder, entre o mais forte e o mais fraco.

Ambos necessitam de ajuda. Mas para que isso ocorra, o olhar para eventos assim deve ser de que algo está fora do lugar. Não se deve esperar que os próprios envolvidos resolvam suas diferenças. Eles precisam compreender pelo que estão passando e serem orientados pelos pais e escola. Às vezes, até os pais precisarão de orientação e ajuda. Inclusive, num trabalho preventivo. Preventivo para a não ocorrência na escola e de promoção da saúde mental de seus alunos.
Até porque, esse não é um problema pontual, tem reflexos e conseqüências pela vida dos envolvidos. Aqueles que sofrem as agressões, tendem a se tornar mais retraídos e prejudicados em sua vida social. E até deprimidos. Os praticantes, tendem a ter problemas sociais e de violência.clip_image001[4]

Escola e família mais uma vez terão que caminhar juntas, serem parceiras. As escolas vão ter que estar atentas para qualquer manifestação de bullying para uma atuação imediata. Além de terem um trabalho preventivo para evitar o surgimento de casos assim, oferecendo apoio aos envolvidos e suas famílias. E as famílias devem confiar e pedir ajuda à escola, como forma de proteger seus filhos.

Abraços

Vivi

Technorati Marcas: Violência. agressor,baixa auto-estima...

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